Olá alunos (as),
Agora que já conhecemos um pouco sobre o relativismo
X etnocentrismo, e fizemos a leitura do texto DOS CANIBAIS
de Michel de Montaigne
(1533-1592), Capítulo XXXI do Livro 1, podemos discorrer sobre a tendência ao
Preconceito com o Outro, no sentido de
colocá-lo como “BÁRBARO”; porque ao apontarmos os “estranhos”, esquecemos as
nossas próprias fraquezas como também preferimos ser guiados pelo desejo de
PODER. Então, seria isso a colonização?
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ResponderExcluirUniversidade Federal de Sergipe
ResponderExcluirColégio de Aplicação
Disciplina: Sociologia Professor(a): Josevânia
Série: 1ª série Turma: B
Alunos(as) : Ana Maria Mendonça
Hyure Neves
Laura Karoline de Oliveira
Mylena Adriele Dias
Mylena Santos Dantas
Yanka da Silva
- De acordo com Montaigne, como podemos entender o relativismo das relações humanas, principalmente quando temos por referência a tolerância, no contexto de "Dos Canibais" ?
O relativismo cultural é um termo antropológico, contrário ao etnocentrismo, e está relacionado à necessidade de analisar uma cultura sob o ponto de vista dela mesma. Neste sentido, as características culturais de um povo devem ser respeitadas, uma vez que não existe superioridade de uma cultura sobre a outra. Devemos, portanto, identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e espaço em que se deram. No texto "Dos Canibais", Montaigne retrata sua visão relativista nas relações entre os índios e europeus.
Normalmente, quando algum assunto relacionado aos indígenas vem à tona, estereótipos simplistas surgem, como que se desse conta de explicar a totalidade e diversidade das práticas dos nativos, tais como nudez, selvageria, canibalismo, poligamia, etc. enquanto na Europa "a religião era sempre perfeita, perfeito o governo e irrepreensível o uso de todas as coisas". Mas Montaigne foi mais fundo e estudou as características culturais desse povo, e percebeu que não há nada de selvagem nisso.
Os indígenas eram considerados povos bárbaros pelos europeus, sendo barbárie tudo que alheio aos seus costumes, o que seria uma visão extremamente etnocêntrica, onde os europeus colocam sua "perfeição" acima de todas as coisas. Os indígenas eram canibais, eles assavam e comiam (após mortos) os derrotados de guerra- eles acreditavam que isso faria com que eles adquirissem a força física e as habilidades do seu oponente, e isso era considerada uma barbárie; comer um homem morto ia em convergência com sua cultura, enquanto esquartejar um corpo cheio de vitalidade, assá-lo lentamente e jogá-lo aos porcos e cães, não, como faziam eles por pretexto de piedade e religião.
Montaigne via que a guerra dos indígenas era toda nobre, eles não lutavam pra conquistar terras, pois acreditavam que tinham uma liberdade natural, que tudo aquilo era de todo mundo, essa natureza lhes dá tudo o que necessitam para sobreviver, não desejam nada além do que precisam, e qualquer coisa acima disso é supérfluo, quando vencem alguém, não querem seus bens, pois quando voltarem toda aquela liberdade estará os esperando para que possam ser felizes, mas não houvem que não preferisse ser morto e comido do que dar o braço a torcer e admitir sua falha, e fazem tudo isso para lhes arrancar uma palavra de fraqueza, e vangloriarem-se de os terem vencido, afinal só nisso que consiste a vitória. Montaigne não via nada de bárbaro ou selvagem, no que diz respeito a esse povo, e na verdade, cada qual julga bárbaro o que não se pratica em sua terra, não o parece excessivo julgar bárbaro o canibalismo, mas que o fato de condenar tal defeito os levem a cegueira em relação aos seus.
Essa visão de Montaigne foi revolucionária naquela época, pois ele era um europeu falando assim a respeito dos europeus e dos indígenas, e introduziu o relativismo na interpretação das relações humanas, julgando o que é do outro de acordo com o ponto de vista do outro. E é nisso que esse ponto de vista se diferencia, deixando seus preconceitos e visões de mundo de lado e passar a analisar as circunstâncias com outro ponto de vista, diferente do seu. Pois na verdade, nenhum é melhor que o outro, e nem mais desenvolvido culturalmente que o outro, apenas diferentes, e com valores, religiões e organização e outros diversos fatores diferentes, nem melhores ou piores, apenas diferentes. Afinal, tudo é relativo.
Universidade Federal de Sergipe
ResponderExcluirColégio de Aplicação
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano A
Alunas: Ana Catarina
Fernanda Mota
Gabriella Leite
Juliana Dal Farra
Mayara Alves
Como podemos utilizar o texto "Dos canibais" para compreendermos o Relativismo?
Segundo o texto, nós classificamos de “bárbaro” tudo aquilo que é diferente, alheio aos nossos costumes. Tudo nosso é perfeito e o que não pertence a esse nosso costume é selvagem. Condenamos tanto as falhas dos outros e acabamos sendo tão cegos para as nossas.
Bom, o autor é um crítico relativista. Por isso, em seu texto, ele cita uma cultura completamente oposta à dele, argumentando que ela é apenas diferente, e não superior ou inferior.
O relativismo compreende que a crença e/ou atividade individual deve ser interpretada em termos de sua própria cultura, ou seja, sem julgar a cultura oposta sobre a nossa visão de mundo. E isto é claramente citado e recontado pelo autor. Logo no início do texto, ele comenta sobre o fato de os gregos chamarem todas as nações estrangeiras de “bárbaros”, mas não era isso o que ele via, ensinando-nos que “nos devemos guardar das opiniões vulgares e julgar pelo caminho da razão e não pela voz geral”. Para reforçar ainda mais sua opinião, ele nos mostra os mais diferentes pontos positivos da outra nação, como os ritos, tradições, costumes, entre outros, dando uma visão etnocêntrica mais do que necessária.
Universidade Federal de Sergipe Colégio de Aplicação
ResponderExcluirDisciplina: Sociologia Professor(a): Josevânia
Série: 1ª série Turma: B
Alunos(as): Cássio Giovanni;
Leandra Ferreira;
Lucas Veríssimo;
Maria Izabel Ventura;
Nathália Ribeiro.
Resumo referente ao texto:
Dos Canibais – Michel Montaigne (1533-1592)
Retratando a seguinte pergunta:
“Como podemos entender a relativização das relações humanas, principalmente quando temos por referência a tolerância?”
A sociedade criou valores ao longo dos tempos para tentar viver em harmonia. O respeito, a compaixão, a tolerância são exemplos desses valores. Em nosso contexto social e interpessoal, tudo que realizamos e interpretamos estão interligados às antigas civilizações de modo basicamente a entender seus modos culturais, seus rituais, suas crenças, seus medos, suas vivências. Ao se depararem com estranhos em seu meio comum surgem as dúvidas, as diferenças e a tentativa de demonstrar o quão normal são seus rituais, por exemplo, suas guerrilhas, suas conquistas e derrotas. Mas em toda a sua estrutura aqueles estranhos também possuíam diferenças, e tais diferenças podiam sim assemelhar-se às suas tradições. Por ser muito fácil indicar e demonstrar suas diferenças e seus erros, porém a si mesmo é algo de difícil execução. Mas até que ponto podemos julgar as raízes, a cultura dos outros?
Chega um momento em que se identificar e expressar tais “semelhanças” é impossível, pois determiná-las requer tal conhecimento, em meio às buscas de desfrutar o presente com simples ideias do passado. Os tais canibais por assim dizer tinham o costume de ao guerrear contra seus inimigos e ao vencer saboreavam a carne do guerreiro mais forte como meio de vangloriar-se desta tão importante vitória e adquirir força, coragem e habilidade. Diferentemente os estranhos portugueses distinguiam-se somente por matá-los de outro modo, humilhar, escravizar, mudar a cultura dos índios e tomar as suas terras. Porém a questão é: oque ou quem verdadeiramente é um bárbaro? Sua interpretação remete-se ao jeito de sua colocação, deve-se ao menos usar a razão como principal fonte de discernimento para com esta insinuação.
O texto mostra o tempo todo como diferentes culturas são vistas sempre como ruins e menores do que a nossa, mas isso também é a prática de preconceito e deve ser evitado. Tentar compreender os costumes de outras civilizações, inclusive de outras épocas, com os nossos valores atuais é inviável, então, para entendermos como outras civilizações se relacionam precisamos aprender, entender e respeitar sua cultura acima de tudo. Finalizamos com o entendimento que esse preconceito vem acontecendo desde os primórdios da humanidade até os dias atuais, devido a nossa crença de que somos superiores a tudo aquilo que é diferente.
Universidade Federal de Sergipe
ResponderExcluirColégio de Aplicação
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano A
Aluno: Marcelo José dos Santos Filho
Como podemos utilizar o texto "Dos canibais" para compreendermos o Relativismo Cultural?
Bom o Texto pode nos ajudar a compreender o relativismo cultural no sentido de que no texto é apresentada uma narração de um lugar onde os costumes lá empregados são opostos aos do narrador mais ele não se subjuga superior em sentido algum. Assim o autor apresentou uma visão Relativista, pois relativismo cultural é um método de se observar sistemas culturais, sem os avaliar com conceitos ocidentais modernos de moral e ética. O autor cita que cada um chama de barbárie aquilo que não é de seu costume, mas isso não retrata muito a realidade, pois os bárbaros são aqueles que tentam mudar os costumes de certo povo ou raça, assim retrata os europeus como os próprios bárbaros. Quando o autor diz que aqueles que viviam naquela ilha eram bárbaros ele exerceu uma visão etnocêntrica mais ao se contradizer em outra linha de raciocínio onde ele julga os europeus como os verdadeiros bárbaros ele volta a exercer uma visão relativista.
Universidade Federal de Sergipe - UFS
ResponderExcluirColégio de Aplicação - CODAP
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano A
Alunas: Andreza Santos Souza
Evenne Caroline Pereira Ramos
Izabella Oliveira Costa
Kamilla Winny Costa Nascimento
Loren Almêda do Nascimento
Tássia Nayane Vieira dos Santos
Como podemos utilizar o texto para compreendermos o relativismo?
O texto que nos foi apresentado tem como objetivo mostrar a visão relativista, isto é, nos mostrar que tudo depende da cultura e tempo do outro, não da nossa.
A partir do texto podemos ter uma visão clara disso, comparando a opinião dos europeus e dos índios sobre o que é barbárie.
“[...] creio que não há nada de bárbaro ou de selvagem nessa nação, a julgar pelo que me foi referido; sucede, porém, que classificamos de barbárie o que é alheio a nossos costumes;[...]” (pag. 3)
De acordo com esse trecho, os europeus consideravam que todos aqueles cuja cultura era diferente da sua, poderiam ser considerados bárbaros. Os índios eram denominados dessa forma por eles, pois não possuíam uma escrita, não acumulavam riquezas ou algo que indicasse superioridade.
Para os índios, que lutavam apenas pela honra e sobreviviam apenas com o que cultivavam, a barbárie era exatamente o oposto da visão dos europeus.
“Disseram que, em primeiro lugar, achavam muito estranho que tantos homens importantes, de grandes barbas, fortes e bem armados [...] rendessem obediência a uma criança em vez de escolher entre eles um para os comandar. Em segundo [...], tinham reparado que havia entre nós pessoas cheias e fartas de comodidades de toda ordem, enquanto a outra metade mendigava a suas portas, descarnada de fome e de miséria; e que lhes parecia também singular como essa outra metade podia suportar tamanha injustiça sem estrangular os demais e lançar fogo a suas casas.”(pag.8)
Em geral, tanto os índios quanto os europeus estavam “certos” sobre o que é barbárie, pois julgavam e interpretavam o outro com base nos conceitos da sua própria cultura. E com isso, nós chegamos à conclusão, que o próprio texto que nos foi apresentado, terá interpretações diferentes, de acordo com a cultura de quem o lê.
“Eis aqui, sem mentir, homens completamente selvagens em contraste conosco; porque ou eles o são na realidade, ou o somos nós.Há uma enorme distância entre a sua maneira de ser e a nossa.”(pag. 7)
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ResponderExcluirUniversidade Federal de Sergipe - UFS
ResponderExcluirColégio de Aplicação - CODAP
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano B
Alunos: Daniel Santos
Isaias Felipe
João Rocha
Ruan Pitágoras
Tawã Cursino
Yure Pio
Como podemos utilizar o texto "Dos canibais" para compreendermos o Relativismo?
No Ponto de vista de Montaigne, cada pessoa tem um modo para se relacionar com outras pessoas. Onde tudo começou com a chegada do branco que com toda sua intolerância e com o objetivo de impor o seu poder decidiu dominar todas as raças da humanidade.
Ele diz: “Nós devemos guardar das opiniões valores e jugar pelo caminho da razão e não pela voz geral”.
Esse é o erro da sociedade, julgar com preconceito sem ter pelo menos consciência do que faz. E isso começou com os europeus, que chamavam os outros de bárbaros.
Com o passar do tempo o branco foi perdendo esse poder e as raças (negro, pardo e índio), foi conquistando espaço a partir da união. E após isso ocorreu um processo chamado de “mistura de etnias” onde esses povos se encontram misturados até o dia de hoje.
A relativização dessas relações humanas a partir do nosso entendimento pode ser feita quando temos como referência a tolerância. Porque cada pessoa possui um modo de se relacionar com outra pessoa. Mas esse relacionamento pode ser levado em frente até onde a pessoa tolerar.
Então concluímos que a relação dos humanos vai depender da cultura, e se tivermos essa tolerância certa, esta pode ser a chave para um relacionamento infinito.
Cristefer Santana, Laiz Suille, Táis Fernanda, Newane e Loren. 1° B
ResponderExcluir“Como podemos entender a relativização das relações humanas, principalmente quando temos por referência a tolerância?”
O texto dos canibais escrito por Montaigne teve como objetivo defender sua visão humanista destacando o seu modo de analisar o desconhecido. Partindo deste ponto, o texto aborda o canibal dentro do seu modelo social e não na visão eurocêntrica e de civilizações ignorantes. Devemos ter profunda interpretação sobre como compreender e avaliar outros povos, respeitando seus costumes e sua cultura. Quando temos a tolerância, temos uma das mais belas virtude: A de não julgar o outro por ser diferente. Ao praticar o mesmo, não cometeremos o relativismo cultural e muito menos o anacronismo. Ao analisar sobre o canibalismo, podemos notar com precisão o destaque da mulher na sociedade, fazendo com que possamos refletir um outro ponto comum na ignorância presente na sociedade: Que a mulher é dependente e/ou inferior ao homem. O contato dos europeus com índios canibais, adquiriu novos modos de visualizar e interpretar as relações humanas com povos totalmente diferente um dos outros. Entre várias suposições estaria a de que o canibalismo era uma certa maneira pela qual um guerreiro adquiria força e coragem do herói vencido através do modo de comer sua carne, estilo de vida que para os “de fora” era extremamente pecaminoso e fora do comum. Mas é isso que o texto nos leva a indagar: Será mesmo que é tão fora do comum assim? Talvez se olhássemos com um pouco mais respeito e abríssemos mais nossa mente, entenderíamos que cada índio dali nasceu naquele estilo de vida, com aquela cultura predominante e foi isso que seus pais o ensinaram. Quando se têm tolerância, benevolência, podemos assim olhar para tal coisa e deixar que esse “novo” nos traga novos conhecimentos, aprendemos a respeitar e tolerar aquilo nos pareceu tão peculiar e vulgar ao primeiro olhar. Vale lembrar que Dos canibais não se refere apenas aos índios canibais mas sim, a diferentes grupos sociais que ao longo da história sofrem preconceitos e são obrigados a ser aculturados por povos com ar de superioridade que põem como desculpa para suas atitudes descriminantes aos aspectos morais e religiosos. Sendo que tal prática não passa apenas de visões egocêntricas e de mentes pequenas. Dos canibais escolhe como alvo o canibalismo que foi algo tão absurdo para o pessoal que descobriu esse novo mundo, para que com esses relatos possamos entender que essa narrativa é algo extremamente atual, que busca romper as barreiras do preconceito e do anacronismo cultural, nos propondo uma novo jeito de enxergar nosso passado. Busca os mínimos detalhes, faz com que o outro lado da história possa se defender e mostrar que não são apenas gente que come gente. É preciso um profundo conhecimento para entender a relativização das relações humanas, com base na reflexão do seu contexto historicamente cultural , podemos assim afirmar que Montaigne faz uma exaltação sobre o modo de vida indígena, fazendo com que paremos um pouco de ser tão eurocêntrico e possamos entender que a história não é feita apenas de grandes estrangeiros e que não só foram eles que contribuíram para o somos hoje. A Tolerância faz com que olhemos para o passado com um olhar mais crítico e aberto, não deixando que o novo nos traga falsas indagações e nos reprima de coisas que podem ser maravilhosamente ricas para o nosso autoconhecimento, sem julgar determinadas culturas com as bases morais da sua própria sociedade. Mostra-se o verdadeiro valor de uma luta, o verdadeiro valor de uma nação. De uma cultura, de um povo que só quer viver bem, que só quer pôr em prática aquilo que a vida e seus ancestrais o ensinou. Devemos ter conhecimento do papel de cada um na história do nosso Brasil. Do nosso mundo.
Universidade Federal de Sergipe - UFS
ResponderExcluirColégio de Aplicação - CODAP
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano A
Alunos: Breno Alexandre Fontes Costa
Caio Vinicius Mendes Guimarães
Herbert Barreto Freire
Marcos Vinicius Gomes de Andrade
Maurício Prado Ribeiro Soares
Morgan Laudelino Silva Prado de Menezes
Como podemos utilizar o texto "Dos canibais" para compreendermos o Relativismo Cultural?
Para relacionar o texto "Dos Canibais" com relativismo cultural precisamos antes compreender o que isso significa. Quando você estabelece que um modo de pensar ou de agir de uma determinada cultura é melhor do que outro noutra cultura, você está usando uma posição que os antropólogos deram o nome de relativismo cultural. Explicando melhor isso significa que os valores de uma cultura só podem ser verdadeiramente compreendidos pelas pessoas que possuem a mesma cultura. Entretanto, em termos de desenvolvimento tecnológico, nos podemos comparar culturas e promover mudanças sociais e culturais.
No texto o autor trata de dizer que não temos da verdade e da razão outro ponto de referência, se não opiniões e idéias não aqui pertencemos. Isso reflete muito no relativismo cultural, pois você acha que determinada atitude é errada porque na sua ela é, porém para o praticante pode ser normal/corriqueiro.
Um acontecimento que é narrado no texto que nos ajuda a compreender o relativismo cultural é o seguinte "O primeiro homem que lhes apareceu montado a cavalo, embora já se tivessem relacionado com ele em várias viagens anteriores, causou-lhes tanto horror naquela postura que o mataram a setadas antes de o reconhecerem". Apesar de já conhecer o homem por ele estar em cima de um cavalo ele foi morto. Mas por quê? Simples porque para a cultura de tal povo aquilo era totalmente errado, ou seja, típico caso de relativismo cultural.
Universidade Federal de Sergipe - UFS
ResponderExcluirColégio de Aplicação - CODAP
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia
Série: 1º ano A
Alunos:Carla Diele Cabral Vieira
Francyenne Souza
João Pedro Tavares
Marcos Raphael Pereira Monteiro
Stefany Caroline Santos
Vivian Maria Ferreira Lemos
Como podemos utilizar o texto "Dos canibais" para compreendermos o Relativismo Cultural?
Se pararmos pra refletir sobre a nossa cultura, veríamos que não estamos tão distantes daqueles que julgamos selvagens,ainda que "sob as asas das criaturas divinas",carregamos com nosso sangue bárbaro.
porém, ao visitarmos uma cultura um tanto quanto diferente,nos colocamos no lugar dos juízes, e a julgamos de acordo como os nossos preceitos morais. Já os "selvagens" os outros, são úteis o suficiente para levantarem com o próprio sangue palácio real.
Não podemos dizer então que os que já estavam são "não civilizados" em relação aos colonizadores porque, na maneira relativista de visão das culturas, não se pode comparar duas culturas e dizer que uma é mais que a outra.
O que ocorre é um choque cultural nesse caso. Eles de uma certa forma achavam que eles eram bárbaros e se sentiam na obrigação de educar os índios, porque eles não sabiam inicialmente da existência dos índios.
Por que é o que naturalmente ocorre, mas de forma indireta, eles acabam impondo sua cultura. Mas também não deveriam julgá-los inferiores, como nós constantemente fazemos, já que também temos visão eurocêntrica.
Nesse caso, não os índios, mas nós e os europeus que somos bárbaros.
O ponto de referência de cultura que temos naturalmente é do país onde se vive. Qualquer coisa que seja diferente disso seria desprezado, tido com estranhamento, tido até como bárbaro.
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ResponderExcluirUniversidade Federal de Sergipe – UFS
ResponderExcluirColégio de Aplicação – CODAP
Disciplina: Sociologia
Professora: Josevânia Rabelo
Série: 1º ano B
Alunos: Camila Moura, Felipe Pereira, Luan Juliano, Gabriel Oliveira e Marília Santos
- De acordo com Montaigne (sobre Os Canibais) como podemos entender a relativização das relações humanas principalmente quando temos de referência a tolerância?
Em Dos Canibais, Montaigne nos traz suas ideias em se tratando de diferentes culturas ou povos. Durante a leitura, fica evidente sua visão relativista, ou seja, seu método de observação dos sistemas culturais, sem os avaliar com conceitos ocidentais modernos de moral e ética. Um dos focos principais é a questão do que é ser “bárbaro”. O filósofo nos mostra inúmeros exemplos de equívocos nos ideais etnocêntricos. Questões como a morte de prisioneiros, a noção de poder portuguesa, a honra e glória dos indígenas, o laço entre os “selvagens” e à natureza e à ausência do que seriam os males humanos (mentira, traição, ódio, dissimulação, inveja, etc) são discutidas.
Afirmando que o povo nativo, era na verdade “bárbaro”, julgando pelo modo de vida e comportamento dos mesmos, os portugueses chegaram impondo seu modo de vida. O conceito de alteridade (“o outro”, aquilo que é diferente de mim) e identidade (“o eu” enquanto poder, superior) é visto e muito bem colocado no texto do nosso autor, estabelecendo uma relação de intolerância com o outro, que no texto é o índio nativo, praticada pelos portugueses, estes sendo intolerantes com a cultura dos nativos, sem se dar conta que não podemos julgar uma cultura ou povo como inferior ou desenvolvido, pois cada cultura se desenvolve com o seu meio, suas condições culturais, ressaltando que o que é considerado avanço para uns, para outros pode ser o contrario, e no decorrer do tempo, é o homem que achando que está caminhando para a “evolução”, globalização e progresso, procura sua própria destruição. E a partir dessa intolerância europeia, diga-se de passagem, que quem se comportava como bárbaro, ou seja, carecia de conhecimento e civilidade, eram os próprios portugueses, que dizendo possuir o saber e o que havia de melhor no mundo, com tamanha ambição e ignorância impôs valores aos nativos.
Nosso autor, ainda mostra a visão eurocêntrica e racista com a alteridade, tendo uma visão diferente do etnocentrismo e expressando essa relativização através de não observarmos diferentes culturas pelo olhar da gradação, isto é, quem é superior a quem, que podemos exemplificar com o conceito da “raça ariana” (pura) no nazismo, definição esta que para Montaigne, aplica-se no fato de os portugueses chegaram no “paraíso” usufruindo da nossa terra, impondo que são superiores e o modo deles de enxergar o mundo, problematizando a dita “civilização”, juntamente com a influencia da religião (guerras religiosas, etc.). Esta “civilização” europeia não foi de forma alguma tolerante com o povo nativo, apenas foi tolerante com suas ambições e desejos carnais.
Atualmente, essa relativização das relações humanas permanece igual quanto à tolerância, pois nossa identidade não aceita a alteridade; a diferença do outro, sempre impondo padrões à sociedade, estes que podemos notar que surgiu nos tempos de colonização, como vemos em Os Canibais. É notável que Montaigne descreveu uma trama ainda presente no nosso dia a dia, com as mesmas características e formas de poder, mas nos tempos “modernos” a imposição não parte mais dos portugueses, e sim da nossa politica e de muitos países (nacionalidades, etc.). Concluímos então que, por mais que a cultura ou modo de vida observado nos pareçam estranhos, incomuns, ou até hostis, devemos nos atentar à “tolerância” dessas culturas, devemos aplicar o relativismo procurando enxergar de diferentes pontos de vista, tendo ausentes o preconceito e ideais de moral e ética pré-definidos.
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ResponderExcluirColégio de Aplicação da Universidade Federal de Sergipe
ResponderExcluirProfessora: Josevânia Rabelo Disciplina: Sociologia
Alunos: Kevin Melo, Lucas Aragão; Lucas Cardoso; Metusalem Brigido; Pedro Moraes
Série: 1º Ano "A"
Como podemos usar o texto “Os Canibais” de Montaigne para compreender o relativismo cultural?
O relativismo cultural é um método de observar sistemas culturais, sem os avaliar com conceitos culturais obtidos previamente, ou seja, nós não podemos olhar para uma cultura diferente com o olhar da nossa e julgá-la que ela é primitiva, estranha, mais avançada, etc. Como Montaigne fala no primeiro parágrafo: “Isto prova que nós devemos guardar das opiniões vulgares e julgar pelo caminho da razão e não pela voz geral.”.
O texto “Dos Canibais” de Michel de Montaigne nos ajuda a entender o relativismo cultural porque é com esse olhar que Montaigne escreve o texto, ele tem olhar relativista. Isso, porque ele, como um europeu (francês), olha, conhece e entende a cultura dos “canibais” sem nenhuma barreira, ele tem uma opinião que não expressa o ponto de vista cultural dele, pelo contrário, ele fala o que a cultura dele acharia daquilo, e o ponto de vista dele (geralmente contrário o que a cultura dele falaria a respeito do tema). Podemos perceber isso em vários trechos em todo o texto, e é por isso que conseguimos ter uma boa visão da cultura dos índios, sobre o seu modo de agir, viver e pensar. O olhar relativista também possibilita ao autor abrir uma importante discussão sobre o conceito de “bárbaros” e se as ações do homem branco não são bárbaras.
No texto de Montaigne “Dos Canibais”, podemos notar a aparição da palavra “barbárie” várias e várias vezes ao longo do texto, isto ocorre porque Montaigne precisava retratar o ponto de vista dos outros, aqueles que viviam na mesma nação que ele, segundo a eles, aqueles atos na qual os índios cometiam, eram pura barbárie, selvageria, eles se julgavam seres superiores aos índios, o que é um absurdo, nós não podemos julgar ser superior, nem inferior às outras pessoas, levando em consideração nossa cultura, gestos, costumes. Os europeus julgam como estranhos alguns modos, por exemplo: não conservar alimentos e não beber durante a refeição; todas as manhãs um ancião percorrer os barracões (lugar onde os índios moram) e principalmente as palavras de incentivo como: valentia diante do inimigo e amizade a suas mulheres; o modo que se preparam para a batalha onde se corta os pelos e se protegem os punhos e a cabeça; as batalhas que eles lutam nus e com armas primitivas (arco e flecha), e no final como prêmio da batalha traziam a cabeça do inimigo como troféu e alguns prisioneiros para servirem como escravos (ressaltamos que eles não lutavam para conquistar novas terras, pois eles tinham tudo em abundancia que não precisam alargar seus limites, o que for além da necessidade, para eles é supérfluo, o único lucro do vitorioso da guerra é a glória e a mercê de os haver dominado em valor e virtude). Alguns desses “bárbaros” que conheceram os costumes dos europeus deram a opinião sobre os tinham surpreendido, eles responderam que não sabia o porquê dos homens altos e fortes que cercavam o rei se rendessem a uma criança e não escolhessem entre si quem iria liderar, e sobre a desigualdade social que havia na cidade, com muitas pessoas muito ricas, mas também com muitas pessoas muito pobres.
Em suma, podemos dizer que o texto “Dos Canibais” retrata muito bem o relativismo cultural e que, de certa forma, podemos entender como isso se aplica ao nosso redor. Não devemos julgar a cultura alheia, e temos que perceber, quem na verdade é o bárbaro da história. “Aqueles povos são selvagens na medida em que chamamos de selvagens aos frutos que a natureza germina e espontaneamente produz [...] Essas nações parecem, pois, barbaras, simplesmente porque mal acusam ainda o rastro do espirito humano e estão muito próximas da sua ingenuidade original.”
O que eram os bárbaros para o filósofo? Me ajudem please
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