segunda-feira, 13 de junho de 2011

HINDUÍSMO

O hinduísmo é considerado uma filosofia de ordem religiosa que engloba tradições culturais, valores e crenças obtidas através de diferentes povos. Passando por constantes adaptações até chegar ao que se conhece hoje, o Hinduísmo foi dividido em fases para melhor apresentar sua história.

Na primeira fase, chamada de Hinduísmo Védico, cultuava-se deuses tribais como Dyaus (deus do céu, deus supremo) que gerou outros deuses. Na segunda fase, a partir de adaptações de outras religiões, surgiu o Hinduísmo Bramânico que cultuava a trindade composta por Brahma (divindade da alma universal), Vishnu (divindade preservadora) e Shiva (divindade destruidora).

Terceira Fase: No século 12, a Índia é invadida pelos muçulmanos, e grande parte de sua população é forçada à conversão. Aliás, o termo hindu designava qualquer pessoa nascida na Índia, mas a partir do século 13 este termo ganhou uma conotação religiosa, tornando-se sinônimo de "nativo não-convertido ao Islamismo".

A influência muçulmana se faz sentir dentro da ritualística hindu, pois uma das características marcantes do Hinduísmo é sua capacidade de absorver novos elementos e agregá-los ao seu sistema de crenças. Isso também ocorre quando, no século 18, o Cristianismo se insere no universo indiano, pela influência predominante dos colonizadores franceses.

Este Hinduísmo híbrido também se divide em várias correntes, cujos expoentes são gurus como Sri Ramakrishna (1834-86), Vivekananda (1863-1902) e Sri Aurobindo (1872-1950). O que essas correntes têm em comum é a preocupação em estender o trabalho espiritual ao âmbito social, por meio de trabalhos filantrópicos e assistenciais.

Por força dessa nova fase, a própria organização social da Índia - em sistema de castas -, começa a perder o sentido, pois existe um clamor ético por igualdade e solidariedade. O maior mestre do Hinduísmo moderno é Mahatma Gandhi (1869-1948), conhecido no Ocidente como chefe político, mas venerado na Índia como guru espiritual. Gandhi, adepto da Ahimsa (o princípio da não-violência), apregoava a importância do homem exercer perfeito controle sobre si mesmo.

Hoje, o Hinduísmo é a crença predominante na Índia. Mais do que uma religião, ele se caracteriza como uma tradição cultural, que engloba modo de viver, ordem social, princípios éticos e filosóficos.

Fundamentos Importantes

* Para o Hinduísmo, as pessoas possuem um espírito (atman), que é uma força perene e indestrutível. A trajetória desse espírito depende das nossas ações, pois a toda ação corresponde uma reação - Lei do Carma.

* Enquanto não atingimos a libertação final - chama de moksha -, passamos continuamente por mortes e renascimentos. Este ciclo é denominado Roda de Samsara, da qual só saímos após atingirmos a Iluminação.

* Os rituais se compõem de dois elementos principais: Darshan, que é a meditação / contemplação da divindade, e o Puja (oferenda).

* A alimentação vegetariana é um dos pontos essenciais da filosofia hindu. Isso porque é livre da impureza (morte / sangue), e como todo alimento deve ser antes oferecido aos deuses, não se poderia ofertar algo que fosse "sujo".

* As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito, língua "morta" que deu origem ao hindi e a um grande número de dialetos praticados na Índia. Essas preces recebem o nome de mantras. Os mantras são dirigidos a diversas divindades, ou estimulam qualidades pessoais. Em geral, são entoados 108 vezes, e para sua contagem utiliza-se o japa-mala (colar de contas), uma espécie de "rosário", confeccionado em sândalo ou com sementes de rudraksha (árvores consideradas altamente auspiciosas pela tradição indiana).

* O mantra mais importante é o OM, "sílaba sagrada" que representa o próprio nome de Deus. OM é a semente de todos os mantras e princípio da criação. Foi dele que derivou toda a matéria - neste aspecto, podemos até traçar um paralelo com o gênesis da Bíblia: "E o som se fez carne".

Os Deuses

- Brahma é considerado a força criadora do universo.

- Vishnu é responsável pela manutenção do universo.

- Shiva é conhecido como o transformador e/ou o destruidor do universo.

As beldades e seguidores do hinduísmo

- Ganesha tem cabeça de elefante e corpo de humano é símbolo dos obstáculos e das soluções lógicas.

- Kali, mais conhecida como a Mulher Negra, é a deusa da morte e da sexualidade, além de ser ao mesmo tempo a fonte da juventude e da natureza.

- Lakshmi é a deusa do amor, da beleza, da riqueza e da generosidade para com seus seguidores.

- Parvati é o deus da renovação e da transformação.

- Sarasvati é a deusa da inteligência, da música, da sabedoria e talvez uma das mais belas de todas.

Escrituras hindu

- Bagavadguitá é uma escritura sagrada onde a Canção de Deus é a parte mais imprtante.

- Maabárata é popularmente conhecido como a escritura sagrada mais importante da Índia moderna.

- Ramáiana é a escritura sagrada mais popular da Índia antiga.

- Upanixades é uma coleção de textos sagrados sobre filosofia e meditação.

- Vedas é composta por Rigveda, Samaveda, Yajurveda e Atarvaveda, as quatro obras sagradas do hinduísmo.

- Yoga Sutras é a base literal da ioga que conhecemos hoje.

Sistema de Castas da Índia

Através deste sistema antigo os casamentos são arranjados pelas famílias indianas onde somente pessoas da mesma casta, cuja raça é semelhante, podem se casar. O casamento entre raças diferentes é proibido na Índia e, por punição, o casal e seus filhos são considerados impuros*.

O Sistema de Castas é divido em quatro partes, de acordo com o corpo do super deus Brahma: boca (sábios), braços (governantes), estômago (comerciantes) e pés (trabalhadores comuns). Além destes, existem os *intocáveis – impuros – que são a poeira sob os pés de Brahma. Estes são as pessoas mais desprezíveis de todo o sistema, no qual nunca poderá participar.

A cosmologia do hinduísmo também explica, além da origem do mundo, sua organização social. Segundo os Vedas, 3 divindades são responsáveis pelos ciclos de criação e destruição do Universo: Brahma cria, Vishnu preserva e Shiva o destrói para que o ciclo recomece. Para criar o mundo e os humanos, Brahma fez dois deuses de si: Gayatri e Purusha, o homem cósmico de onde foram feitas todas as coisas. Mas, enquanto alguns homens nasceram da boca de Purusha, e se tornaram sacerdotes, outros nasceram dos pés, e se tornaram os escravos da sociedade indiana.

O exemplo da sociedade hindu é apenas mais um exemplo de como os mitos sobre a criação do Universo fazem bem mais que resolver questões existenciais ao estabelecer relações de poder e detalhar códigos de conduta. O que faz deles ferramentas importantes para a coesão social, como parte indispensável da cultura e da identidade de um povo.

Alunos: Yanka, Fernanda, Rayssa, Lúcia, Thayse, Thayna, Bruna, Rafaela, Caio, Luana.

Intolerância Religiosa

Desde a sua existência, a humanidade procurou respostas para suas questões. Nesse contexto surge a religião que é um conjunto de crenças que busca encontrar um significado e o propósito definitivo para a vida, geralmente centrado em rituais à um ser (ou seres) sobrenatural.

Durante a história, surgem várias religiões com o objetivo de explicar causas que até então eram desconhecidas, principalmente as causas dos fenômenos naturais. Tais religiões tiveram ascensão em diferentes porções do planeta, influenciando de forma direta na vida dos praticantes. Exemplo: na Índia, a religião hegemônica é o hinduísmo que é marcado pelas diversas restrições que cercam seus praticantes, como a proibição da mostra dos ombros no caso das mulheres.

A intolerância religiosa é a aversão à crenças diferentes, se caracterizando também por ser uma forma de preconceito que muitas vezes chega a tornar-se excessiva. Um bom exemplo dessa prática foi o ataque talibã (islamismo) às duas gigantescas estátuas de Buda em Bamiyan em 2001, nesse mesmo ano ocorreu outro ataque religioso, mas precisamente dos terroristas ao extremo (Al Qaeda) às torres gêmeas nos Estados Unidos, que serviu como um sacrifício vivo dos muçulmanos à Alá.

Alunos: Yanka, Fernanda, Rayssa, Lúcia, Thayse, Thayna, Bruna, Rafaela, Caio, Luana.

Candomblé

Alunos: Antônio Bispo, Edgar Vieira, Felipe Miguel, Jeferson Natan, Matheus Carvalho, Rômulo Lamerck, Talles Pina e Ycaro Rafael.

Professora: Josevânia Data: 14/05/2011

Disciplina: Sociologia Série: 1° B

C

andomblé é uma religião panteísta onde se cultuam os orixás. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. Cada nação africana tem como base o culto a um único orixá. A junção dos cultos é um fenômeno brasileiro em decorrência da importação de escravos onde, agrupados nas senzalas nomeavam um zelador de santo também conhecido como babalorixá no caso dos homens e yalorixá no caso das mulheres.

A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás, Inquices, Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.

Diz Clarival do Prado Valladares em seu artigo «A Iconologia Africana no Brasil», que o “surgimento dos candomblés com posse de terra na periferia das cidades e com agremiação de crentes e prática de calendário verifica-se incidentalmente em documentos e crônicas a partir do século XVII". O autor considera difícil para “qualquer historiador descobrir documentos do período anterior diretamente relacionados à prática permitida, ou subreptícia, de rituais africanos”. O documento mais remoto, segundo ele, seria de autoria de D. Frei Antônio de Guadalupe, Bispo visitador de Minas Gerais em 1726, divulgado nos «Mandamentos ou Capítulos da visita».

Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela igreja católica, e criminalizado mesmo por alguns governos, o candomblé prosperou nos quatro séculos, e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em 1888. Estabeleceu-se com seguidores de várias classes sociais e dezenas de milhares de templos. Em levantamentos recentes, aproximadamente 3 milhões de brasileiros (1,5% da população total) declararam o candomblé como sua religião. Na cidade de Salvador existem 2.230 terreiros registrados na Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros e catalogado pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA, (Universidade Federal da Bahia) Mapeamento dos Terreiros de Candomblé de Salvador. Entretanto, na cultura brasileira as religiões não são vistas como mutuamente exclusivas, e muitos povos de outras crenças religiosas — até 70 milhões, de acordo com algumas organizações culturais Afro-Brasileiras — participam em rituais do candomblé, regularmente ou ocasionalmente. Orixás do Candomblé, os rituais, e as festas são agora uma parte integrante da cultura e uma parte do folclore brasileiro.

O Candomblé não deve ser confundido com Umbanda, Macumba e Omoloko, outras religiões afro-brasileiras com similar origem; e com religiões afro-americanas similares em outros países do Novo Mundo, como o Vodou haitiano, a Santeria cubana, e o Obeah, em Trinidade e Tobago, os Shangos (similar ao Tchamba africano, Xambá e ao Xangô do Nordeste do Brasil) o Ourisha, de origem yorubá, os quais foram desenvolvidas independentemente do Candomblé e são virtualmente desconhecidos no Brasil.

Os negros escravizados no Brasil pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os yoruba, os ewe, os fon, e os bantu. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou nações, que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.

A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

Ø Nagô ou Iorubá

· Ketu ou Queto (Bahia) e quase todos os estados - Língua Yoruba (Iorubá ou Nagô em Português)

· Efan na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo

· Ijexá principalmente na Bahia

· Nagô Egbá ou Xangô do Nordeste no Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio de Janeiro e São Paulo

· Mina-nagô ou Tambor de Mina no Maranhão

· Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto).

Ø Bantu, Angola e Congo (Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul), mistura de línguas Bantu, Kikongo e Kimbundo.

· Candomblé de Caboclo (entidades nativas índios)

Ø Jeje A palavra Jeje vem do yoruba adjeje que significa estrangeiro, forasteiro. Nunca existiu nenhuma nação Jeje na África. O que é chamado de nação Jeje é o candomblé formado pelos povos fons vindo da região de Dahomey e pelos povos Mahis ou Mahins. Jeje era o nome dado de forma pejorativa pelos yorubas para as pessoas que habitavam o leste, porque os mahis eram uma tribo do lado leste e Saluvá ou povos Savalu do lado sul. O termo Saluvá ou Savalu, na verdade, vem de "Savé" que era o lugar onde se cultuava Nanã. Nanã, uma das origens das quais seria Bariba, uma antiga dinastia originária de um filho de Oduduá, que é o fundador de Savé (tendo neste caso a ver com os povos fons). O Abomey ficava no oeste, enquanto Ashantis era a tribo do norte.

· Jeje Mina língua mina São Luiz do Maranhão

ü Sincretismo

No tempo das senzalas os negros para poderem cultuar seus Orixás, Inkices e Voduns usaram como camuflagem um altar com imagens de santos católicos e por baixo os assentamentos escondidos, segundo alguns pesquisadores este sincretismo já havia começado na África, induzida pelos próprios missionários para facilitar a conversão. Depois da libertação dos escravos começaram a surgir as primeiras casas de candomblé, e é fato que o candomblé de séculos tenha incorporado muitos elementos do Cristianismo. Crucifixos e imagens eram exibidos nos templos, Orixás eram frequentemente identificados com Santos Católicos, algumas casas de candomblé também incorporam entidades caboclos, que eram consideradas pagans como os Orixás. Mesmo usando imagens e crucifixos inspiravam perseguições por autoridades e pela Igreja, que viam o candomblé como paganismo e bruxaria, muitos mesmo não sabendo nem o que era isso. Nos últimos anos, tem aumentado um movimento "fundamentalista" em algumas casas de candomblé que rejeitam o sincretismo aos elementos Cristãos e procuram recriar um candomblé "mais puro" baseado exclusivamente nos elementos Africanos.

Hierarquia

· No Brasil, existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungun, Orixá, Vodun e Nkisi, são separados por tipo de iniciação ao sacerdócio.

· Culto de Ifá participam tanto homens quanto mulheres, sendo um Culto patriarcal conduzido pelos Babalawos.

· Cultos aos Egungun participam tanto homens quanto mulheres, sendo Culto patriarcal que lida diretamente com a ancestralidade, conduzidos pelos Ojés.

· Candomblé Ketu participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens {Babalorixás) quanto por mulheres (Iyalorixás), entram em transe com Orixá.

· Candomblé Jeje participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens quanto por mulheres Vodunsis, entram em transe com Vodun.

· Candomblé Bantu participam tanto homens quanto mulheres, sendo conduzido tanto por homens quanto por mulheres inicia Muzenzas, entram em transe com Nkisi.

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ü Mudança de hábitos e costumes

As casas de candomblé são frequentadas e habitadas por um número variável de pessoas, pode variar de 20 a 300 pessoas dependendo do tamanho da casa e da ocasião ou do evento. Fora do período de festas na casa só ficam as pessoas residentes, mas nas obrigações e festas além dos residentes virão os outros filhos-de-santo da casa, os visitantes e convidados. Quanto maior o número de pessoas, maior será a preocupação com a higiene e alimentação. Os animais são abatidos pelo Axogum e limpos, as comidas são preparadas sempre sob a vigilância da Iyabassêencarregada da cozinha e responsável pela qualidade dos alimentos tanto para os Orixás como para as pessoas.

A maior preocupação nas casas de candomblé e das outras religiões afro-brasileiras sempre foi com as doenças infecciosas principalmente a tuberculose e hepatite, por serem transmissíveis através de copos e talheres, por esse motivo cada filho da casa deve ter seu prato e canecaidentificados, iyawos durante o período de recolhimento não usam talheres só passam a usá-los depois da caída de quelê.

A higiene com pratos, talheres e copos sempre foi constante. Nos tempos modernos quando já existem os materiais descartáveis ficou um pouco mais fácil de lidar com o problema. Com o surgimento de novas doenças como HIV ou Aids muitos hábitos e costumes do candomblé tiveram que ser mudados. Na iniciação os Iyawos tinham suas cabeças raspadas e curas feitas por uma única navalha que a Iyalorixá recebia de sua mãe-de-santo quando da posse do cargo, isso passou a ser feito com mais cuidado, adotando-se navalhas individuais ou descartáveis. Um dos maiores problemas enfrentados nas casas de candomblé tem sido com a dengue, principalmente nas regiões onde os focos do mosquito estão sendo combatidos.

ü Fontes:

· http://pt.wikipedia.org/wiki/Candombl%C3%A9

· http://ocandomble.wordpress.com/

· Enciclopédia Edipe.

· Alguns Vídeos do youtube: http://www.youtube.com/watch?v=Lvf-EHIhzvc - http://www.youtube.com/watch?v=SsPKDdP2lys

· Dicionário Aurélio.

Intolerância Religiosa

Desde a colonização, quando os negros foram seqüestrados do território africano e foram trazidos como mão-de-obra escrava para o Brasil, que seus valores, sua cultura, sua religião, enfim, suas heranças africanas lhes foram arrancadas. A orientação oficial da igreja que justificava a escravidão naquela época era o argumento de que os negros não tinham alma e não tinham uma religião; portanto, podiam ser desrespeitados e escravizados (fatos que os livros didáticos no Brasil não mostram). Assim, o negro teve que abrir mão de sua religião, de seus costumes, de seus valores, de sua visão de mundo, de sua visão de sociedade e de Estado para enfrentar uma realidade de perseguição aqui no Brasil.

A primeira reação dos negros contra a intolerância religiosa foi uma estratégia de resistência conhecida como sincretismo religioso, ou seja, o negro escondeu a prática de seus valores religiosos por meio da prática da religião do seu dominador, só assim podia cultuar seus orixás, os comparando aos santos cultuados pelos portugueses. Assim surgiram o candomblé e a umbanda no Brasil como forma de resistência dos cultos afros, que continuaram sendo historicamente perseguidos e só obtiveram, assim como outras manifestações religiosas no Brasil, seus direitos adquiridos a partir da Constituição de 1988, que possui um capítulo que assegura aos brasileiros o direito e a forma de manifestar livremente a sua religião.Esse atraso no conhecimento levou à falta de com preensão, de informações desses direitos para a maioria das pessoas o que permitiu o crescimento da intolerância religiosa que é uma das questões centrais que a humanidade enfrenta hoje não só no Brasil, mas em quase toda parte do planeta.

Nesse contexto, a união é importante para que se possa sobreviver à intolerância religiosa. O povo-de-santo deve se unir e lutar pela convivência pacífica e tolerante entre as religiões, pois foi através da união que seus antepassados conquistaram seus direitos perante a Constituição Federal, que assegura a liberdade de crença, o exercício dos cultos religiosos e a proteção do Estado às manifestações das culturas populares dos índios,dos afro- religiosos e de outros grupos que fazem parte do processo de civilização do Brasil.

Alunos: Antônio Bispo, Edgar Vieira, Felipe Miguel, Jeferson Natan, Matheus Carvalho, Rômulo Lamerck, Talles Pina e Ycaro Rafael.