Estamos aqui para convidá-los a pensar um pouco – de forma muito exploratória – sobre a nossa formação cultural. Para essa viagem divertida, escolhemos um capítulo do livro do grande cientista social Darcy Ribeiro, que tem o título sugestivo de “O Povo brasileiro” (Capítulo IV – Os Brasis na História). Se a ciência é incapaz de responder de onde viemos e para onde vamos, – um campo de entrecruzadas batalhas entre o senso comum e científico – entretanto, temos habilidades para estudar e pesquisar sobre os arranjos da vida cultural. Logo, como BRASILEIROS, quais matizes nos definem como processo cultural? Índios, portugueses e negros, como se deu o intercâmbio cultural? Claro, não DEVEMOS esquecer que nesse conjunto – denominado Brasil – tivemos relações mediadas pelo domínio extremamente violento de uma categoria oficializada como indivíduos e outros como não-indivíduos. Então, Americano (somos americanos) X Europeu X Africano, foram os protagonistas de uma agonia em busca de uma Nação, e, cada uma dessas etnias teve papéis conflitantes, no intuito de uma posterior “unidade” Nacional. Bem, temos como desafio tentar entender: quais lutas foram travadas? Quem permanece em “berço esplêndido” e quem não “foge a luta” do dia-a-dia?
Agora, deixo com vocês e que tenhamos uma nova resposta para a antiga questão: quem é o Brasil+++eiro e não quem descobriu o Brasil.
“É simplesmente espantoso que esses núcleos tão iguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole e o "natural" é que, como ocorreu na América hispânica, tivessem alcançado a independência como comunidades autônomas. Mas a história é caprichosa, o "natural" não ocorreu. Ocorreu o extraordinário, nos fizemos um povo‐nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política.” (Ribeiro, 1995, p. 271)