quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Excelente!!! Pontual e estimulante para as próximas postagens. O que quer dizer: "Aracaju: cidade da qualidade de vida?" Alguém mais para a discussão?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Caros alunos,

Estamos de volta ou de volta estamos: bem, como iniciamos uma discussão sobre a vida urbana, gostaria que fizessem um comentário sobre nossa Aracaju... a trazer instigações sobre os sinais de modernidade, imagens de desigualdades, enfim, treinassem o agudo senso sociológico adolescente... Sabem, aquilo que não mais enxergamos, pela aridez do costume, - não digo idade, tá, tenho síndrome de Peter Pan e, ainda, acredito em fadas - brincadeiras a parte, vamos mapear um dado (qualquer coisa) e descrever a sua singularidade nas ruas, porque nessas idas e vindas, "ainda", temos vida urbana.
    O fugaz que salta aos olhos, às vezes, fica adormecido no coração.
    Não  esqueça: somos as veias dessas ruas magras, comprimidas no tempo artificial, quase obstruídas pela diagramação das pedras...
    Agora, é a vez de deambularem... Bom Proveito.

A uma passante

A rua em derredor era um ruído incomum,
longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Uma mulher passou e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;
Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que embala o frenesi que mata.
Um relâmpago e após a noite! — Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
So te verei um dia e já na eternidade?
Bem longe, tarde, além, jamais provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado — e o sabias demais!
 
Charles Baudelaire (Trad. Paulo Menezes)